O Chote chegou no Brasil trazido pela corte portuguesa como tradicional dança de salão, originária da Escócia. Dançada nos salões da corte foi absorvida pela população que incorporou novos movimentos e resignificou aqueles já existentes adequando-o ao jeito popular de dançar. Espalhou-se pelo território brasileiro, porém se consolidou com firmeza em algumas regiões nordestinas. Na região norte do Brasil, encontramos a dança no estado do Pará, onde foi fortemente aproveitado na zona bragantina, lugar onde foi introduzido na festa de louvação criada e preservada pela Irmandade de São Benedito, denominada Marujada de Bragança.
Durante a festividade de São Benedito, marujos e marujas (membros da irmandade) dançam o Chote ao som da rabeca uma espécie de violino artesanal. Porém a dança é considerada uma referencia do povo bragantino e há quem afirme que "em Bragança, festa sem chote, não é festa boa de dançar".
O Grupo CHEIRO DO PARÁ apresenta o xote dançado como manifestação popular, como dança de salão. Interpreta-o entoando melodias autorais que falam da cultura do Pará de maneira ampla. Quando representa em seu show a Marujada de Bragança, mostra a indumentária e os instrumentos tradicionais que são utilizados durante a festa bragantina. É uma bela dança pertencente ao repertório do grupo, que encanta e contagia a todos que assistem.